quinta-feira, 10 de junho de 2010

Apresentação

Este blog foi construido especificamente para a apresentação do trabalho sobre a matéria Metodologia Cientifica, todas as postagens que constam aqui são de direito autoral de seus devidos autores.

Para navegar pelo blog use o menu a esquerda onde constam os conteúdos que foram divididos em Projeto (onde relatamos como montamos o blog), O grupo (onde esta o nome e RA dos patrticipantes do grupo) e os anos de 1930 à 2014 (Os anos em que aconteceram e os que acontecerão as Copas).

Nos esforçamos bastante para a construção disso, esperamos que gostem!



Alunos do 3° semestre do


Curso Comunicação Digital


UNIP Cidade Universitária - 2010

Cronograma

Março
         04/03 - Definições do Projeto

   Esta data marca o início dos estudos em cima do PIM. Nosso grupo, formado por 6 alunos, começou  pensar sobre o assunto abordado no nosso jogo.
  Por se tratar de um jogo em 3D, optamos por escolher um jogo de carros, tendo em vista o conhecimento adquirido em nossa aula de modelagem, acreditamos que nesse estilo de modelagem se encaixa com a nossa necissidade de praticar nosso nivel de aprendizado sobre o software.
  Pensando em mudar o estilo de jogos automobilisticos, que sempre colocam em seu estoque carros luxuosos e cada vez mais avançados, pensamos em fazer um jogo com uma interface moderna, porem de carros antigos, sendo assim, buscamos um publico alvo de uma faixa etaria entre 30 a 50 anos.
  Entre nossas opções de automoveis tinhamos pré-selecionado: Monza, Brasília, Voyage e Opala. Mantendo essa linha de pensamento queremos atingir um lado mas sentimental do nosso publico-alvo, querendo fazer eles se lembrarem dos primeiros veículos que eles pilotaram, imaginando isso decidimos colocar o nome do nosso jode de "Classic Races".


 Abril

  Com os conceitos do jogo pré-definidos, resolvemos dividir o grupo em setores de desenvolvimentos diferentes, priorizando as habilidades e/ou viabilidade de cada um dentro do grupo, analisando cada item necessario no PIM.
  No início do mês de abril, começamos a esboçar alguns desenhos dos carros citados, para termos uma breve noção do jogo em questão.
  Utilizamos a internet como meio de pesquisa, para ampliarmos as nossas escolhas de carros da mesma época, também imagens para melhor modelarmos os próprios. Da mesma forma que trabalhamos no andameto dos carros, também fomos agilizando o logo do jogo, e sua vetorização.
  Enquanto um integrante se encarregava do logo, os outros vetorizavam os carros e na seguência já começava a modelagem em 3D, dentro desse sistema poderemos chegar aos resultados com mais êxito, pois cada um etava concentrado em sua atuação e assim desenvolvia-se as habilidades mais facilmente.


Maio   

  Na aula de "Metodologia Científica", foi pedido por escrito as funções de cada integrante do grupo do PIM. Já tinhamos um plano sobre essas divisões, porém, até então não tinhamos colocado por escrito. Após isso feito, notamos que havia muitas lacunas a serem preenchidas, das quais não tinhamos conhecimento até então.
  As divisões do grupo entregue a professora de "Metodologia Científica" foram as seguintes :

  Com base nesta nova formação, nos sentimos mais seguros para dar continuidade ao nos projeto.




Junho
Criamos um código de ética para o desenvolvimento do PIM para assim haver uma melhor relação interpessoal entre os membros do grupo, e estamos finalizando o trabalho cientes de que fizemos o possível para que tudo corresse como planejado durante as estapas do projeto. Tanto a parte escrita como a parte em 2D e 3D foram cumpridas e só faltam apenas pequenas correções para aperfeiçoamento.

Encontro com o outro (4)


Um Indígena Oriental


   No dia 7 de fevereiro de 2010 meu irmão e eu fomos convidados por um amigo para participar de uma comemoração que estava acontecendo no Bairro da Liberdade. Chegando lá fiquei surpreso pela intensidade com que a cultura oriental é presente em um bairro no centro de São Paulo.
   Estavam acontecendo várias apresentações artísticas desde artes cênicas com uso de dragões confeccionados com tecidos, danças, artes marciais, canto, orquestra e muitas coisas sobre a tradição chinesa. Haviam muitíssimas pessoas participando do evento que comemorava o Ano Novo Chinês, o Ano do Tigre.
   Mas fiquei mais surpreso ainda com esse meu amigo Carlos, que começou a apresentar o bairro e sabia praticamente de tudo do que era falado durante as apresentações. Até algumas palavras em mandarim. Nunca imaginei que ele sabia sobre esse assunto porque ele vem de origem de uma família bastante humilde descendente de índios.
   Fomos almoçar em um restaurante oriental que estava lotado no dia, e enquanto almoçávamos (não lembro o nome do que comi, só senti gosto de peixe) aproveitei para fazer algumas perguntas informais já que ele entendia tanto sobre a cultura oriental.
   Eu: - Por que você sabe tanto sobre a cultura japonesa?
   Carlos: - Sempre gostei daqueles desenhos japoneses como Dragon Ball, Cavaleiros do Zodíaco, etc. E esses desenhos me deixavam muito curioso de conhecer sobre esse povo oriental. E alguns desenhos mostram muito da tradição deles.
   Eu: - E como você aprendeu a falar um pouco da língua deles?
  Carlos: - Quando acontecem esses encontros de fãs de desenhos japoneses existem algumas oficinas e palestras que tratam sobre isso e eu participo delas.
   Eu: - E a comida japonesa você conhece bem pelo jeito, a daqui é boa?
   Carlos: - Conheço bem e já comi bastante porque era motoboy daquele restaurante de entregas China In Box. E chega de papo que a comida chegou.


   Isso aconteceu há algum tempo, então não me lembro do conteúdo total da conversa, já que se tratava de uma conversa informal. Mas foi muito interessante esse encontro.


Mauricio Santos RA: A2536J-3


Encontro com o outro (3)


Conhecendo outra religião mais de perto

Quando se fala em religião, é muito difícil que não haja conflitos independentes de qual seja. Mas percebi que muitas pessoas falam e criticam aquilo que não conhecem, sem buscar nenhum tipo de informação a respeito para formar assim uma opinião melhor.
Há cerca de três anos conheci uma moça que era evangélica assim como sua família. Ficamos amigos e certo dia ela me convidou para conhecer a igreja que freqüentava e sua doutrina.
Não vi problema algum nisso apesar de ser católico, e fui fazer uma visita no dia de culto qual é uma das formas de celebração. Logo em seguida houve uma pequena confraternização, pois uma pessoa estava fazendo aniversário e eles iam comemorar. Fiquei muito surpreso com tamanha animação das pessoas na festa e como todos se divertiam de uma forma completamente diferente daquilo que eu estava habituado a ver. Como eu poderia imaginar que em meio a uma festa fosse tão divertido orar e cantar de forma contagiante e envolvente. Mesmo quando eu me apresentei e disse que era católico as pessoas mesmo assim me trataram muito bem e não vi nenhum tipo de atitude que parecesse indiferença.
Aprendi que antes de julgar alguém ou alguma coisa, devemos procurar conhecer melhor nem que seja só um pouco porque então, deixando as diferenças de lado poderemos ver o quanto às pessoas podem ser surpreendentes.

Manoel D. Bonfim dos Santos (RA 951709-0)




sexta-feira, 4 de junho de 2010

Encontro com o outro (2)

Encontro com gringos




Em 2009 quando eu estava trabalhando, quando chegaram 2 pessoas para um reunião

com o chefe da empresa, mas eu nem imaginava essa visita.

Eu fui atendelas, só que tive uma surpresa, eles eram americanos e não entendiam

nada do que eu falava, eu peguntava oque com quem eles queriam falar, e eles só respondiam em ingles.

Ate que pedi ajuda para alguem que sabia falar ingles, e essa pessoa me explicou quem eram, e levou eles para a reunião.



Lucas Silva (RA: A235434)

sábado, 29 de maio de 2010

Introdução do 3º PIM

APRESENTAÇÃO


No início do mês de março, damos início aos nossos estudos sobre o 3° PIM de computação gráfica.

O grupo que antes mantinha os mesmos integrantes, desta vez, foi aumentado efetivamente, trazendo assim um novo estilo de trabalho com relação aos PIMs anteriores.

Por se tratar do nosso primeiro trabalho em 3D, esse em especial foi um pouco mais difícil de se fazer, já que as técnicas de criação e o conhecimento do software utilizado no projeto (no caso o 3D Studio Max), exigia um amplo conhecimento de suas ferramentas.

Porém, com a metodologia que o grupo utilizou, podemos chegar ao produto final no prazo estabelecido, respeitando a finalidade do trabalho: integrar nossas disciplinas nesse projeto.

Créditos

UNIVERSIDADE PAULISTA
COMUNICAÇÃO DIGITAL
COMUNICAÇÃO EM COMPUTAÇÃO GRÁFICA
METODOLOGIA CIENTÍFICA
BLOG COPAS DO MUNDO

Alessandro Silva: Líder/Redator

Lucas Silva: Pesquisador

Manoel Domingos: Digitador

Maurício Santos: Blogger (Layout)/ Pesquisador

Lenin Mathias: Apresentador/ Digitador

Lucas Melo: Pesquisador

terça-feira, 4 de maio de 2010

Encontro com o outro (1)

Visita dos Sulafricanos no projeto Reciclar

No ano de 2006, quando eu trabalhava no projeto Reciclar, recebemos a visita de um grupo de Sulafricanos que estavam viajando pelo Brasil e foram conhecer o nosso projeto.
Alguns jovens do Reciclar, inclusive eu, foram convidados para almoçar junto com o grupo de estrangeiros a fim de troca de experiências para uma possível parceria entre as duas instituições.
Muitos conflitos entre línguas ocorreram. Num deles, queríamos falar “What singers do you know of Brazil?” e por somente pronunciar “sinjer” ninguém conseguia entender nada.


Percebemos que muitas coisas relacionadas a cultura entre os dois países em questão eram muito diferentes.

Alessandro Silva.  (RA: 351456-0)

domingo, 18 de abril de 2010

1994

COPA DO MUNDO DE 1994

Segundo uma pesquisa realizada em 1994, apenas um em cada quatro americanos sabia que tipo de esporte se praticava na “tal Copa do Mundo” a ser disputada em seu próprio país, entre junho e julho daquele ano. Pior: outra pesquisa, do instituto Gallup, mostrava que 66% da população local nem sequer sabia que os Estados Unidos eram a sede da Copa. A despeito de informações (ou desinformações) como essas, a FIFA resolveu bancar a realização do evento em um país cujo esporte nacional é o beisebol, e que nem ao menos possuía uma liga profissional de futebol, ou de soccer, como se diz lá.
Por isso, a Copa do Mundo de 1994 foi exatamente o que dela se esperava: um sucesso internacional, apesar da indiferença interna. A cerimônia de abertura, por exemplo, foi ignorada pelas redes americanas de TV ABC e ESPN, que preferiram transmitir uma partida de golfe. Em compensação, só com a venda dos direitos de transmissão dos jogos para 189 países, a FIFA arrecadou 77 milhões de dólares. Além disso, os negócios gerados pelo Mundial movimentaram mais de 4 bilhões de dólares, sendo que apenas as empresas patrocinadoras do evento (Coca-Cola, Evereaday, General Motors, Gillette, Mastercard, McDonald’s, M&M/Mars, Canon, Fuji, JVC e Philips) desembolsaram, ao todo, 300 milhões de dólares.




UNZELTE, Cezar Dario. Capítulo 4. In: ______ XV Copa do Mundo. São Paulo: Ediouro, 2002.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

2014

A expectativa é que a Copa movimenta US$ 10 bilhões em investimento no país, que eleve em 3% o Produto Interno Bruto (PIB) daquele ano, propicie uma arrecadação de R$ 700 milhões em impostos e que sejam contratadas 100 mil pessoas. Números que dão a dimensão das oportunidades que devem ser criadas.
Os setores de comércio e serviços serão os mais beneficiados.

Disponível em http://www.copa2014.org.br/noticias/524/COPA+2014+JA+ESQUENTA+ECONOMIA.html, acessado em 17/03/2010 às 01:44.


Copa de 2014 trará benefícios futuros para o país. A realização da Copa colocará o Brasil em evidência internacional e terá o efeito de demonstrar mundialmente as excelências do país.

Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u340146.shtml, acessado em 17/04/2010 às 02:00

Além de mais trens e metrôs, a melhoria da mobilidade nas cidades brasileiras para a Copa do Mundo, em 2014, vai incluir a construção de corredores de ônibus rápidos, os chamados BRTs.

Disponível em http://www.copa2014.org.br/noticias/780/MELHORIA+NO+TRANSPORTE+URBANO.html, acessado em 17/04/2010 às 02:14.

2010

COPA DO MUNDO 2010

A Copa do Mundo de 2010 da FIFA será realizada na África do Sul entre os dias 11 de Junho e 11 de Julho. Esta será a primeira vez que a Copa do Mundo acontecerá no continente africano. A Copa do Mundo de 2010 contará com a construção de 5 novos estádios e reforma de 5 estádios já existentes. Adicionalmente, a África do Sul planeja melhorar o sistema de transporte e infra-estrutura de várias cidades, além de medidas especiais de segurança, isso trará muitos benefícios a sociedade
E vai oferecer muitas oportunidades para as pequenas e médias empresas, inclusive, depois de 2010.

Disponível emAcessado em 16/03/2010 às 21:20

O setor de turismo sul-africano está funcionando como verdadeiro motor do planejamento e preparativos em execução em todo o país. Estima se que recebera cerca de 10 milhões de turistas num único ano. Tudo está sendo realizado de acordo com objetivos sustentáveis, a meta é promover desenvolvimento social e econômico, com equilíbrio ambiental. O turismo ecológico praticado na África do Sul já é referência mundial e aproveitará a Copa do Mundo para se aprimorar e se manter competitivo, porém com respeito ao meio ambiente e à diversidade cultural de seu povo.
A Copa do Mundo oferece muitas oportunidades para as pequenas e médias empresas, inclusive, depois de 2010, trazendo muitos benefícios para sociedade.

Disponível emAcessado em 16/03/2010 às 21:00.

Os preparativos para a Copa do Mundo de 2010 já criaram 24 mil novos empregos. O evento vem sendo encarado como oportunidade de acelerar o crescimento e o desenvolvimento não somente do país, mas de todo o continente africano.
Pequenas, médias e micro empresas estarão aptas a ocupar oportunidades de negócio criadas para a Copa do Mundo de 2010. As centenas de milhares de visitantes que irão passar pelo país durante o evento irão impulsionar oportunidades em acomodações, serviços médicos e de viagem, seguros de curta duração, gerenciamento de eventos, logística, artes, artesanato, lazer e etc.

Disponível emAcessado em 17/03/2010 às 01:13.

2006

A Alemanha, que havia organizado a Copa do Mundo de 1974 na Alemanha Ocidental, agora voltava a sediá-la como país unificado. Os alemães, que são uma potência econômica, fizeram uma Copa do Mundo rica, como estádios modernos e alto investimento.
Disponível em http://www.copacabanarunners.net/copa-2006.html, acessado em 16/03/2010 às 21:50.

As quatro semanas de futebol na Alemanha conseguiram entusiasmar não só os 3.359.439 espectadores que compareceram a um dos 12 fantásticos estádios para acompanhar de perto as disputas (sem contar as milhões de pessoas que assistiram aos jogos nos telões colocados nas ruas), mas uma audiência estimada em mais de 30 bilhões de torcedores por meio de diversos veículos de comunicação no mundo todo.

Disponível em http://pt.fifa.com/worldcup/archive/germany2006/overview.html, acessado em 16/03/2010 às 22:28.
Os custos com segurança, disponibilização de instalações para formação profissional e treinamento de voluntários, transporte e acomodações para competidores e delegação, cerimônias de abertura e encerramento, seguro, marketing promocional, bilheteria e outros custos administrativos foram de € 430 milhões. O lucro operacional da Alemanha foi de 30% sobre o valor investido, sendo que 30% deste valor destinam-se à FIFA.




Disponível em http://www.copa2014.turismo.gov.br/copa/turismo_copas, acessado em 17/03/2010 ás 01:19.

2002

A Copa da Ásia causou grande impacto na comunidade do futebol. Foi a primeira vez em que dois países sediaram unidos o evento.
Esta sendo vista como uma oportunidade de aumentar as vendas. Porque as empresas japonesas atravessam situação difícil com a crise da economia esperam que a Copa movimente o mercado. O evento deve gerar um impacto de 3 trilhões de ienes ou 22.7 bilhões de dólares para a economia doméstica. Recebera cerca de 443 mil turistas.

Disponível em http://40anos.nikkeybrasil.com.br/ptbr/biografia.php?cod=279, acessado em 17/03/2010 às 01:37.

1998

França - Brasil X França = Nike X Adidas?

Novamente, despontava no Brasil uma geração promissora que, embora jovem, já desfilava pelos gramados do mundo todo: Cafu, Roberto Carlos, Rivaldo, Edmundo, Denílson e, principalmente, Ronaldinho, eleito duas vezes melhor jogador do mundo, eram os destaques. Permaneceram também os veteranos Taffarel, Aldair, Dunga e Bebeto. O técnico era o velho Mario Jorge Lobo Zagallo, único tetracampeão mundial - duas vezes como jogador, uma como técnico e outra como assessor técnico de Carlos Alberto Parreira. A mescla despertava uma euforia no povo brasileiro, que acreditava muito no selecionado. Aflorava nessa Copa a questão do marketing esportivo: o principal era o embate entre os fabricantes de material esportivo que se digladiavam para patrocinar os países favoritos. Mas, no caso específico do Brasil, muita coisa acontecia. Boatos diziam que a patrocinadora do selecionado, a Nike, influenciava em muito as decisões da comissão técnica: desde a escolha dos jogos amistosos que seriam preparatórios para a Copa até a especulação de que os jogadores patrocinados pela própria Nike seriam privilegiados na convocação e escalação. Nada foi provado. Outra especulação era que jogadores patrocinados por uma determinada marca evitavam passar a bola para aqueles que fossem patrocinados por outra empresa concorrente. Afirmava-se ainda que o técnico Zagallo havia inventado uma posição tática denominada "número um" devido a um contrato que ele assinara, meses antes, com a empresa fabricante de cerveja Brahma, que tinha o mesmo slogan: "A número um!". Nada disso foi comprovado ou sequer investigado. Mas alguns acontecimentos eram assertivos. O veterano Bebeto, por exemplo, pedia nos noticiários que alguma empresa de material esportivo o patrocinasse. Não conseguiu, e acabou pintando suas chuteiras de preto para não exibir a marca de sua preferência gratuitamente. Tanto a Nike, patrocinadora do Brasil, quanto a Adidas, patrocinadora da França, anunciavam na final que o resultado do jogo influenciaria em muito o rendimento anual das empresas. Ao vencedor, o lucro; ao perdedor, não o prejuízo, mas a perda da alta lucratividade. Infelizmente, o selecionado francês foi superior em campo. Ao final do jogo o capitão Dunga afirmou: "Jogamos o suficiente para ser vice...".

Portal Aprende Brasil. Disponível em: http://www.fichamento.com.br/comofazer.html. Acesso em: 17 abr. 2010.

1990

NO FUTEBOL, DEPOIS DECEPÇÃO NA POLÍTICA DECEPÇÃO
COPA DE 1990


Na política, as atenções se voltavam para as proezas atléticas feitas pelo então presidente, Fernando Collor de Mello. Não houve nenhuma tentativa, pelo menos explícita, de associar o sistema político vigente ao selecionado brasileiro. Talvez fosse porque a equipe brasileira não convencia. Surgia a tão criticada no Brasil geração Dunga, por intermédio do técnico Sebastião Lazaroni que, por seu caráter disciplinador e tático, lembrava em muito o período em que os militares influenciavam na escolha da comissão técnica. O futebol brasileiro vivia um período de entressafra e, por esse motivo, foram convocados jogadores que são lembrados mais por sua aplicação tática que por sua habilidade técnica. Dunga era o principal referencial, mas ainda destacaram-se Mauro Galvão, Mozer, Alemão e Ricardo Gomes. Foi um verdadeiro fracasso, que culminou com a eliminação prematura nas oitavas-de-final diante do rival latino, a Argentina. Um magro 1 X 0 num jogo totalmente sem graça, em que a máxima era a marcação. O selecionado de Lazaroni manchou a tradição brasileira de jogar um futebol técnico e ofensivo. Foram cenas tristes para o povo brasileiro, acostumado com o futebol arte praticado pelo selecionado de Telê Santana nas Copas anteriores.



Portal Aprende Brasil. Disponível em: http://www.fichamento.com.br/comofazer.html. Acesso em: 17 abr. 2010.

1986

COPA DO MUNDO DE 1986


Desde 1978, sabia-se que a sede do Mundial de 1986 seria a Colômbia. No entanto, à medida que o evento se aproximava, as precárias condições econômicas e de segurança do país iam deixando claro que os colombianos dificilmente teriam como realizar a sua Copa. Em 29 de setembro de 1982, o governo do conservador Belisario Betancur renunciou oficialmente ao patrocínio da competição, candidatando-se a organizá-la somente em 1994 e abrindo, assim, caminho para novas candidaturas à Copa de 1986. Entre elas, as de Estados Unidos, Canadá, México, Peru e Brasil.
No dia 10 de março de 1983 a CBF recebeu o veto ao Mundial do próprio presidente da República, general João Figueiredo, por motivos econômicos. Pouco mais de dois meses depois, em 20 de maio, o Comitê Executivo da FIFA, reunido em Estocolmo, na Suécia, escolheu o México como o primeiro país a sediar a Copa do Mundo pela segunda vez. Pesaram muito na decisão da entidade os interesses da Televisa, a rede de televisão mexicana dirigida por Guilhermo Cañedo, que chegou a ser um dos vice-presidentes da FIFA. Em 19 de setembro de 1985, um terremoto de 8,2 graus na escala Richter, cujo máximo é de 9 graus, destruiu parte da Cidade do México, causando sete mil mortes, segundo dados oficiais. A realização da Copa esteve ameaçada, mas, por fim, acabou confirmada pelos dirigentes do país.
















UNZELTE, Cezar Dario. Capítulo 3. In: ______ XIII Copa do Mundo. São Paulo: Ediouro, 2002.

1982

BRASIL BRILHA, MAS ITÁLIA LEVA O CANECO

A Itália conquistou em 1982 o tricampeonato mundial. O triunfo em terras espanholas ficou marcado pelas atuações e gols de Paolo Rossi e pela inesquecível comemoração de Marco Tardelli na decisão contra a Alemanha Ocidental. Os amantes do futebol-arte choraram as derrotas de Brasil e França, que perderam no detalhe dois dos jogos mais marcantes de toda a história da Copa do Mundo da FIFA. Mesmo assim, tiveram de reconhecer a superioridade dos italianos de Enzo Bearzot na vitória por 3 a 1 sobre os alemães. Com um gol na decisão, Paolo Rossi chegou a seis, garantiu a artilharia do torneio e concluiu uma trajetória de redenção que foi ainda mais dramática do que a própria recuperação da seleção italiana após um começo frustrante.

Quando a competição começou, Rossi mal havia voltado a jogar depois de uma suspensão por dois anos em função do seu envolvimento em um escândalo de manipulação de resultados. E o longo tempo fora dos gramados parecia ter acabado com o faro do artilheiro, que não fez nenhum gol nos três empates da Itália na primeira fase. Igualados em pontos e saldo de gols com a seleção de Camarões, os italianos só se classificaram à segunda fase no número de gols marcados. Porém, quando chegou a hora da verdade, a Azzurra eliminou o favorito Brasil graças a três gols de Rossi, que ainda fez mais dois na semifinal contra a Polônia.

Entre os outros heróis do título estiveram o goleiro e capitão Dino Zoff, de 40 anos, e o lateral Giuseppe Bergomi, de apenas 18, o italiano mais jovem a participar de uma edição da Copa do Mundo da FIFA. Bergomi bateu o recorde justamente no ano em que o norte-irlandês Norman Whiteside ultrapassou Pelé como o jogador mais jovem da história do torneio, com 17 anos e 41 dias de idade. A Irlanda do Norte, aliás, foi uma das zebras da competição ao derrotar a Espanha por 1 a 0 e chegar à segunda fase.

A 12ª Copa do Mundo da FIFA foi a última a ter uma bola totalmente de couro e iniciou uma nova era ao contar com 24 seleções em vez de 16. Também teve um novo formato, com três fases distintas. Os dois primeiros de cada um dos seis grupos de quatro seleções da primeira fase se classificavam para a etapa seguinte, de onde passavam os campeões de quatro grupos de três países. Depois vinham a semifinal e a final.

Argélia surpreende alemães
A Holanda, vice-campeã em 1974 e 1978, foi a seleção de maior prestígio a não ter superado as eliminatórias, que resultaram em seis países estreantes na Copa do Mundo da FIFA: Argélia, Camarões, El Salvador, Honduras, Kuwait e Nova Zelândia. Dois deles fizeram bonito na primeira fase, que começou com a surpreendente derrota da campeã Argentina para a Bélgica em Barcelona.

A Argélia causou uma surpresa maior ainda ao derrotar na estreia por 2 a 1 a Alemanha Ocidental, detentora do título europeu. Os gols argelinos foram marcados por Rabah Madjer e Lakdar Belloumi, escolhido o melhor jogador africano daquele ano. Apesar de também derrotarem o Chile, os argelinos foram eliminados no saldo de gols ao verem no dia seguinte a Alemanha Ocidental fazer 1 a 0 na Áustria, resultado que classificou os dois países vizinhos. Uma consequência do polêmico resultado foi a decisão de que, nos torneios seguintes, os jogos do mesmo grupo na última rodada da primeira fase passariam a acontecer sempre no mesmo horário.

Também faltou sorte para a seleção de Camarões, que foi eliminada na primeira fase apesar de invicta em um grupo com Itália e Polônia, seleção esta que viria a ficar com a medalha de bronze. Honduras conseguiu empatar com a decepcionante anfitriã Espanha, mas a outra seleção centro-americana estreante deu vexame. El Salvador foi o primeiro país a tomar dez gols em uma partida da Copa do Mundo da FIFA ao perder por 10 a 1 para a Hungria. Naquele jogo, László Kiss saiu do banco para fazer três gols em tempo recorde entre os 24 e os 31 minutos do segundo tempo.

Espetáculo brasileiro
A verdadeira sensação da primeira fase foi o escrete comandado por Telê Santana. Considerada a melhor seleção brasileira desde 1970, a equipe tinha como ponto forte uma talentosa meia-cancha com Zico, Falcão, Sócrates e o ponta Éder, atuando em função recuada. Os dois últimos marcaram um golaço cada um na vitória de virada por 2 a 1 na estreia diante da Rússia.

Na segunda fase, o Brasil logo de saída já pôs fim às pretensões da então campeã mundial Argentina com uma vitória por 3 a 1. Diego Maradona não escondeu a frustração no fim do jogo ao dar um pontapé em Batista e ser expulso. O selecionado brasileiro foi para a segunda partida precisando apenas de um empate contra a Itália para chegar à semifinal. Porém, apesar de gols de Sócrates e Falcão, Paolo Rossi escreveu a famosa "tragédia do Sarriá" e mandou a seleção canarinho para casa ao balançar a rede três vezes. Na semifinal, a Itália não encontrou resistência diante da Polônia, que estava sem o suspenso Zbigniew Boniek, mas uma história bem diferente foi a definição do outro finalista no confronto entre França e Alemanha.

A partida em Sevilha entrou negativamente para a história pela agressão impune do goleiro Harald Schumacher contra o francês Patrick Battiston, que caiu inconsciente em campo. Também foi o primeiro confronto da história da Copa do Mundo da FIFA a ser decidido nos pênaltis depois de os alemães se recuperarem de uma desvantagem de 3 a 1 na prorrogação. Após cinco pênaltis para cada equipe, Schumacher defendeu a primeira cobrança alternada, feita pelo francês Maxime Bossis. Na sequência, Horst Hrubesch converteu para destruir os sonhos da seleção francesa, que, comandada pelos maestros Michel Platini, Jean Tigana e Alain Giresse, havia chegado à sua primeira semifinal desde 1958. Mal sabiam os franceses que sofreriam a mesma eliminação quatro anos depois.

Debilitado por aquela partida memorável, o selecionado de Jupp Derwall não foi páreo para a Itália na final no Santiago Bernabéu. Antonio Cabrini chegou a perder um pênalti no primeiro tempo, mas Paolo Rossi, Marco Tardelli e Alessandro Altobelli deixaram a Alemanha Ocidental em maus lençóis após o intervalo. Breitner ainda fez um gol de honra, mas naquele momento Tardelli já tinha deixado uma imagem impressa na memória de torcedores em todo o mundo, correndo em alta velocidade, braços abertos, gritando de alegria com o tricampeonato mundial.



COPA DO MUNDO DA FIFA ESPANHA 1982. Fifa.com. Disponível em http://pt.fifa.com/worldcup/archive/edition=59/overview.html Acesso em: 18 mai. 2010.








ITALIANO RASGA CAMISA DE ZICO

Os brasileiros foram para a Copa de 1982, na Espanha, com status de favoritos. Com um time de estrelas, a seleção exibiu um futebol refinado e estava com 100% de aproveitamento. O Brasil, que precisava de um empate contra a Itália para garantir vaga na semifinal, perdeu por 3 a 2. Pouca gente lembra, mas um erro do apito mudou a história dos brasileiros no jogo. Zico invadiu a área e caiu, ao ser puxado pelo italiano Gentile. O puxão foi tão forte que o defensor rasgou a camisa do craque. Zico mostrou a camisa retalhada ao juiz israelense Abraham Klein, que mandou o jogo seguir.


1978


KEMPES BRILHA E ARGENTINA É COROADA EM CASA
Derrotada na final da primeira Copa do Mundo da FIFA, a Argentina atingiu o topo 48 anos depois, em casa, conduzida pelo artilheiro Mario Kempes e pelos fervorosos torcedores que lotaram os estádios de Buenos Aires e Rosário com uma chuva de papéis azuis e brancos — imagem que se transformou em símbolo da competição.

Coadjuvante da festa argentina, a Holanda perdeu por 3 a 1 no Monumental de Nuñez a sua segunda final consecutiva. Depois de um gol de Kempes no primeiro tempo e do empate com Dirk Nanninga na etapa final, os holandeses chegaram muito perto do título com uma chance clara de Rob Rensenbrink nos últimos segundos do tempo regulamentar. Mas o destino sorriu para a Argentina e Kempes e Daniel Bertoni conheceram a glória ao marcarem dois gols na prorrogação.

Kempes, único jogador da seleção argentina que atuava no exterior, não balançou as redes nenhuma vez na primeira fase, mas depois desencantou e encerrou a competição com seis gols. Ele não foi o único a ter um começo complicado — o selecionado de Cesar Luis Menotti venceu a Hungria, mas precisou da sorte para derrotar a França por 2 a 1 e depois perdeu a primeira colocação do grupo da primeira fase para a Itália no confronto direto por 1 a 0. Ainda assim, Menotti, que não convocara o jovem Diego Maradona, então com 17 anos, acabaria sendo recompensado por pregar um futebol baseado no talento e na ofensividade, estilo personificado pelo habilidoso meia Osvaldo Ardiles.

Brasil superado
A Itália de Enzo Bearzot adquiriu na Argentina uma experiência que viria a ser muito útil quatro anos depois na Espanha. Paolo Rossi, por exemplo, fez três gols que foram um aperitivo do que viria em 1982. Mesmo assim, a Azzurra perdeu a medalha de bronze para o único invicto da competição, o Brasil. A seleção brasileira apresentou ao mundo o atacante Roberto Dinamite e o lateral Nelinho, responsável por chutes inimagináveis cheios de efeito, mas teve de se contentar com a disputa do terceiro lugar após ficar atrás da arquirrival Argentina na segunda fase.

Depois de um empate tenso, Brasil e Argentina partiram para a rodada decisiva empatados. Após a vitória brasileira sobre a Polônia por 3 a 1, os argentinos precisavam de um triunfo por quatro gols de diferença sobre o Peru no mesmo dia para chegarem à final. Contando com o astro Teófilo Cubillas, os peruanos haviam batido a Escócia e empatado com a Holanda na primeira fase, mas já estavam eliminados da competição. A Argentina se aproveitou e conquistou a vitória pelo incrível placar de 6 a 0, com dois gols de Luque e Kempes, cujo faro de gol havia retornado depois que a seleção alviceleste passara a jogar em Rosário, sua cidade natal.

Os acontecimentos daquela noite fizeram com que as partidas decisivas das fases de grupos das edições posteriores da Copa do Mundo da FIFA passassem a ser disputadas simultaneamente. A consequência imediata, no entanto, foi a chegada de Argentina e Holanda à final do dia 25 de junho de 1978. "Tulipas nos Pampas?", perguntou o jornal francês L'Équipe na véspera do jogo. Porém, quem riu por último foi a seleção dona da casa. Enquanto os holandeses deixavam o campo às lágrimas mais uma vez, o capitão Daniel Passarella se tornava o primeiro jogador argentino a erguer o troféu mais importante do futebol mundial.







COPA DO MUNDO DA FIFA ARGENTINA 1978. Fifa.com. Disponível em: http://pt.fifa.com/worldcup/archive/edition=50/overview.html Acesso em: 18 mai. 2010.

1974

HOLANDA ENCANTA, MAS ALEMANHA É CAMPEÃ
A Copa do Mundo da FIFA 1974 foi marcada pelo futebol total e serviu de vitrine para o talento magistral de Johan Cruyff e Franz Beckenbauer, que assumiram os holofotes na ausência de Pelé e lideraram a Holanda e a Alemanha, respectivamente, à final em Munique no dia 7 de julho de 1974. Assim como acontecera contra a surpreendente seleção húngara de Ferenc Puskás vinte anos antes, foi a Alemanha Ocidental que saiu de campo triunfante após virar a partida para chegar ao segundo título mundial, superando os grandes favoritos.

A final começou em grande estilo. A Holanda, que havia marcado 14 gols e sofrido apenas um nos seis jogos anteriores, partiu para o ataque antes mesmo que os alemães pudessem encostar na bola. Cruyff, o gênio indomável da camisa 14, saiu com a bola dominada do círculo central e só foi parado por Uli Hoeness dentro da área. Com pouco mais de um minuto de jogo, Johan Neeskens fez o primeiro gol de pênalti em uma final da Copa do Mundo da FIFA.
Os holandeses pareciam brincar em campo, mas os alemães estavam com o orgulho ferido e conseguiram o empate aos 25 minutos. Bernd Hölzenbein foi derrubado por Wim Jansen na área, e Paul Breitner converteu o segundo pênalti do jogo. Com Berti Vogts marcando Cruyff, Gerd Müller, ganhador da Chuteira de Ouro quatro anos antes, garantiu que o nome da Alemanha Ocidental fosse o primeiro a ser gravado no novo troféu da Copa do Mundo da FIFA aos dois minutos do segundo tempo. Müller recebeu um cruzamento de Rainer Bonhof e chutou rasteiro contra o gol de Jan Jongbloed.

A estátua de ouro maciço que Franz Beckenbauer, capitão da Alemanha Ocidental, ergueu no lugar da taça Jules Rimet (o Brasil conquistara a posse definitiva do troféu com o tricampeonato em 1970) não era a única novidade da Alemanha 1974. A FIFA tinha um novo presidente: o brasileiro João Havelange, que assumira no lugar do inglês Sir Stanley Rous. Além disso, a competição sofreu uma mudança de formato, passando a contar com uma segunda fase de grupos no lugar do tradicional mata-mata das fases de quartas-de-final e semifinal. Foram formados dois grupos de quatro equipes, com os primeiros de cada um classificando-se para a final e os segundos colocados disputando o terceiro lugar.

Alemanha Oriental supera vizinhos
A Inglaterra e a Rússia foram ausências sentidas na Alemanha 1974. Pela primeira vez na história os ingleses não conseguiram se classificar, enquanto os russos se recusaram a viajar para disputar uma repescagem no Chile por razões políticas. Das estreantes, a Alemanha Oriental foi a que causou maior impacto, derrotando os vizinhos ocidentais por 1 a 0 em Hamburgo na primeira rodada. O gol de Jürgen Sparwasser aos 32 minutos do segundo tempo classificou a Alemanha Oriental em primeiro no grupo, à frente dos anfitriões comandados por Helmut Schön.

O Zaire, primeiro país da África Subsaariana a chegar à competição mundial, protagonizou um dos momentos mais divertidos quando, na partida contra o Brasil, o zagueiro Ilunga Mwepu deixou a barreira e chutou a bola para longe antes que ela fosse posta em jogo. Já o Haiti, que havia aproveitado a vantagem de disputar em casa a fase final das eliminatórias da América do Norte, América Central e Caribe, surpreendeu na partida de estreia ao abrir o placar contra a Itália, mas acabou sendo derrotado por 3 a 1. Foi a primeira de três derrotas do selecionado, que ficou ainda mais enfraquecido depois da perda de Ernst Jean-Joseph, flagrado no exame antidoping.

A Alemanha Ocidental teve um começo turbulento, enfrentando inclusive conflitos internos em relação a prêmios em dinheiro. As exibições na primeira fase foram pouco convincentes, e os jogadores chegaram a ser vaiados pela própria torcida durante a vitória por 3 a 0 sobre a Austrália. A derrota para a Alemanha Oriental, no entanto, acabou sendo positiva para os campeões europeus, que evitaram confrontos com Holanda, Argentina e Brasil. Na segunda fase, os anfitriões derrotaram Iugoslávia e Suécia e foram para a partida decisiva contra a Polônia. Em um gramado encharcado em Frankfurt, Müller marcou o único gol do confronto diante dos poloneses, mas as defesas de Sepp Maier foram igualmente decisivas contra a maior surpresa da competição.





COPA DO MUNDO DA FIFA ALEMANHA 1954. Fifa.com. Disponível em:

1970

BRASIL ENCANTA E CONQUISTA O TRI
Pela primeira vez na história, a Copa do Mundo da FIFA foi transmitida em cores para o mundo todo. Dezenas de milhões assistiram encantados à excepcional participação do Brasil, que abrilhantou o espetáculo com uma linda exibição de futebol ofensivo e venceu merecidamente a competição pela terceira vez. A vitória por 4 a 1 sobre a Itália na final deu ao país o direito de ficar com a Taça Jules Rimet. Para Pelé, foi a despedida perfeita das competições internacionais.

O Rei tinha ameaçado não voltar após uma experiência frustrante na Inglaterra, onde fora literalmente chutado para fora do torneio. Mas ele retornou e encontrou seu lugar em uma seleção com muito talento, formando um ataque irresistível com Jairzinho, Gérson, Tostão e Rivellino. Nada melhor do que o quarto gol contra a Itália na final para captar a beleza do futebol brasileiro: Pelé viu o lateral avançar pela direita, solto, e deu um passe milimétrico para o capitão Carlos Alberto Torres concluir um lance que teve a participação de sete jogadores com um chute de primeira que superou o goleiro Enrico Albertosi e entrou junto ao poste.

Antes do torneio, o calor intenso e a altitude já causavam receios sobre a saúde dos jogadores, mas as preocupações aumentaram ainda mais com a decisão de as partidas serem jogadas ao meio-dia para atender a exigências televisivas na Europa. Outros sinais dos novos tempos foram as duas substituições por equipe, cartões vermelhos e amarelos para os árbitros e uma bola adidas, a famosa Telstar em padrão xadrez preto e branco.

A defesa de Banks
O maior destaque da primeira fase foi o confronto entre Inglaterra e Brasil: os campeões de quatro anos antes enfrentavam a seleção que viria a conquistar o título mundial. A partida teve aquela que é considerada a defesa mais famosa da história da Copa do Mundo da FIFA, no lance em que Gordon Banks pulou para defender uma cabeçada de Pelé que entrava no canto e espalmou a bola por cima da meta. O gol da vitória foi marcado por Jairzinho, que entrou para a história ao balançar as redes em todos os jogos da seleção. Para o Brasil, a partida foi a mais difícil de todo o torneio. O capitão inglês Bobby Moore teve uma grande atuação, mostrando que tinha deixado para trás os contratempos da preparação para o torneio. Moore havia sido preso na Colômbia após ser falsamente acusado de roubar uma pulseira.
A estreante seleção de Israel teve um desempenho promissor. Classificados após a Coreia do Norte ter se recusado a enfrentá-los, os israelenses conseguiram segurar um empate sem gols na estreia contra a Itália. A seleção do Marrocos também fez bonito ao abrir o marcador contra a Alemanha Ocidental, mas os alemães viraram e venceram com um gol de Gerd Müller, que foi o artilheiro do torneio com dez gols.

Müller fez três gols contra a Bulgária e repetiu a conta diante do Peru. Nas quartas-de-final, um gol seu na prorrogação eliminou a Inglaterra. A Alemanha Ocidental perdia por 2 a 0 em León a 23 minutos do fim, mas empatou com gols de Franz Beckenbauer e Uwe Seeler. Antes de Müller confirmar a vitória alemã, o juiz anulou um gol do inglês Geoff Hurst. Ironicamente, Hurst havia sido o autor de um polêmico gol contra a Alemanha Ocidental na decisão da Copa do Mundo da FIFA 1966. Os ingleses lamentaram a ausência de Banks, que estava doente. Porém, para os comandados de Helmut Schön, a primeira vitória sobre a Inglaterra em uma partida de competição foi a vingança perfeita pela final de quatro anos antes.

Semifinal emocionante
A perseverança dos alemães produziu uma semifinal de muita emoção contra a Itália. O jogo teve o maior número de gols marcados na prorrogação em toda a história da Copa do Mundo da FIFA. O gol marcado por Karl-Heinz Schnellinger aos 45 minutos da segunda etapa empatou o jogo em 1 a 1 e forçou o tempo extra, que contou com cinco gols, dois deles de Gerd Müller. Mas o capitão alemão Franz Beckenbauer, que atuava com o ombro deslocado, não conseguiu impedir os três gols que deram a vitória à Itália, o último deles marcado por Gianni Rivera, escolhido o melhor jogador da Europa no ano anterior.

A Alemanha Ocidental teve de se contentar com a conquista do terceiro lugar, enquanto a Itália, que havia eliminado o anfitrião México, chegava à sua primeira final desde 1938. Mesmo assim, apesar da excelência defensiva personificada por Giacinto Facchetti e do faro de gol de Gigi Riva, os italianos eram uma enorme zebra.

O Brasil vinha encantando o público desde o início do torneio. Zagallo havia substituído João Saldanha no comando técnico apenas três meses antes da competição, mas o selecionado passara todo aquele período se preparando intensamente. Depois de derrotar Tchecoslováquia, Inglaterra e Romênia, o escrete chegou às semifinais superando o Peru, treinado pelo brasileiro Didi, companheiro de Zagallo e Pelé em 1958 e 1962. Os peruanos haviam chegado à Copa do Mundo da FIFA depois de eliminarem a Argentina e contavam com o grande atacante Teófilo Cubillas, mas não foram páreo para a seleção canarinho e perderam por 4 a 2.

A finta de Pelé
Demorou 20 anos, mas o Brasil conseguiu finalmente a vingança contra o Uruguai. A Celeste Olímpica abriu o placar na semifinal, mas Clodoaldo, Jairzinho e Rivelino fizeram os gols que garantiram a vitória brasileira. No entanto, o grande momento de genialidade veio dos pés de Pelé. Ao correr para receber um passe de Jairzinho de frente para o goleiro Ladislao Mazurkiewicz, o Rei deixou propositalmente a bola passar por ele. O uruguaio vinha na corrida e acabou passando reto, mas Pelé deu a volta, pegou a bola do outro lado, girou rapidamente e chutou para o gol. Caprichosamente, a gorduchinha passou rente ao poste, pela linha de fundo.

Na decisão contra a Itália, foi justamente Pelé, que buscava o seu terceiro título mundial com o Brasil, que abriu o placar com uma cabeçada precisa. Roberto Boninsegna chegou a empatar, mas o resultado não poderia ser outro. Gérson, Jairzinho e Carlos Alberto fizeram três gols no segundo tempo, confirmando o tricampeonato mundial. Até o Messaggero de Roma teve de admitir que a Itália "foi derrotada pelos melhores jogadores do mundo".



COPA DO MUNDO DA FIFA MÉXICO 1970. Fifa.com. Disponível em http://pt.fifa.com/worldcup/archive/edition=32/overview.html Acesso em: 18 mai. 2010.

1966




EM 66, UM GOL POLÊMICO E A CONSAGRAÇÃO INGLESA

A Inglaterra chegou ao topo do mundo jogando em casa em 1966 depois de derrotar a Alemanha Ocidental em uma das finais mais emocionantes e polêmicas da história da Copa do Mundo da FIFA.

Geoff Hurst foi o herói da vitória inglesa por 4 a 2 no estádio de Wembley ao marcar três gols na final, dois deles na prorrogação. Hurst detém o recorde de mais gols marcados em uma decisão de Copa do Mundo da FIFA, embora até hoje permaneçam dúvidas quanto à legitimidade do seu segundo gol. A bola bateu no travessão e não teria cruzado a linha, mas o tento foi validado pelo auxiliar Tofik Bakhramov.




O gol de Hurst não foi a única controvérsia do torneio. O Brasil, principal candidato sul-americano ao título e então bicampeão do mundo, deixou a competição ainda na primeira fase reclamando muito da arbitragem. A Inglaterra 1966 viu ainda a surpreendente seleção norte-coreana eliminar a Itália e a memorável exibição de artilharia do craque português Eusébio, vencedor da Chuteira de Ouro com nove gols.




A imaginação de Ramsey
Para a Inglaterra, o mundial de 1966 representava a oportunidade para que o país que inventou o futebol finalmente deixasse a sua marca na Copa do Mundo da FIFA. Depois de esnobarem as primeiras edições da Copa, os ingleses estrearam no mundial de 1950 com uma embaraçosa derrota para os Estados Unidos. Em 1963, o zagueiro do escrete de 1950 Alf Ramsey assumiu o cargo de técnico com o objetivo de levar a Inglaterra à era moderna do esporte: pela primeira vez, não era uma comissão de dirigentes que escolhia os jogadores, mas o treinador. Ramsey escalou atletas impopulares e esforçados e, ao rejeitar o 4-2-4 e recuar os pontas Ball e Peters, fez nascer o famoso 4-4-2 britânico.

O zagueiro central Bobby Moore e o meia-atacante Bobby Charlton eram fundamentais para os planos da Inglaterra, mas o país teve um começo pouco inspirado no empate sem gols da partida de abertura contra o Uruguai. Na verdade, o maior assunto da campanha dos ingleses na primeira fase foi a falta cometida por Nobby Stiles no francês Jacques Simon. Alguns árbitros da federação inglesa chegaram a pedir a Ramsey que dispensasse o impiedoso volante, mas o técnico não atendeu ao pedido.

Os anfitriões também passaram um sufoco com o roubo da Taça Jules Rimet, que estava exposta em Londres. Dias depois, o precioso objeto foi encontrado por um cachorro chamado Pickles no meio dos arbustos de um jardim na zona sul da cidade. Mas Pickles não foi o único herói de quatro patas da Inglaterra 1966: o leãozinho Willie foi a primeira mascote da história da Copa do Mundo da FIFA.

Os ingleses disputaram todos os seus jogos em Londres, mas foi no norte do país que o evento realmente chamou a atenção na primeira fase. Em Liverpool, o Brasil estreou em busca do tricampeonato vencendo a Bulgária por 2 a 0. Pelé e Garrincha marcaram os gols e se tornaram os primeiros jogadores a balançarem as redes em três edições consecutivas da Copa do Mundo da FIFA. Apesar disso, a vitória contra a Bulgária foi o máximo que os então campeões mundiais conquistaram na terra da rainha.

Vítima de um carrinho violento na partida de estreia da seleção brasileira, Pelé foi poupado do jogo contra a Hungria. Liderados por Florian Albert, os húngaros venceram o Brasil por 3 a 1, a primeira derrota do país em uma Copa do Mundo da FIFA desde 1954. Embora tenha voltado para a partida contra Portugal, Pelé foi caçado em campo por Morais. Sob o comando do técnico brasileiro Otto Glória, os portugueses aproveitaram e Eusébio marcou duas vezes na vitória de 3 a 1, a terceira seguida da estreante seleção lusa. O craque português, eleito o Jogador Europeu do Ano, mal havia começado a brilhar.


COPA DO MUNDO DA FIFA INGLATERRA 1966. Fifa.com. Disponível em http://pt.fifa.com/worldcup/archive/edition=26/overview.html Acesso em: 18 mai. 2010.

1962



BRASIL É BICAMPEÃO MUNDIAL COM GARRINCHA

Garrincha foi o destaque da seleção brasileira que atravessou os Andes para defender a Taça Jules Rimet no Chile em 1962. Amarildo, Zito e Vavá marcaram os gols que derrotaram a Tchecoslováquia na final, mas não há dúvidas sobre quem foi o verdadeiro herói do bicampeonato do Brasil na Copa do Mundo da FIFA. No auge da carreira, aos 25 anos, Garrincha foi descrito pelo jornal francês "L'Equipe" como "o ponta-direita mais extraordinário que o futebol já conheceu."

O plantel brasileiro trazia nove jogadores campeões mundiais em 1958, mas sob o comando de um novo treinador, Aymoré Moreira, que assumiu depois que Vicente Feola deixou o cargo por problemas de saúde. Aymoré era irmão de Zezé Moreira, que havia dirigido o Brasil em 1954 na Suíça. O novo treinador montou um 4-3-3 e a seleção estreou com vitória de 2 a 0 sobre o México, gols de Zagallo e Pelé.

A partida contra os mexicanos acabou sendo a última disputada por Pelé naquela edição da Copa do Mundo da FIFA. No segundo jogo do Brasil, contra a Tchecoslováquia, o atacante de 21 anos deixou o campo com uma lesão na coxa esquerda. Para ele, o mundial tinha chegado ao fim. Mas com os dribles mágicos e o poder ofensivo do craque Garrincha, a contribuição importante de Zagallo — futuro campeão mundial como técnico em 1970 —, e Amarildo, que teve a honra e a responsabilidade de substituir Pelé, os brasileiros conseguiram superar a ausência do seu camisa dez.







COPA DO MUNDO DA FIFA CHILE 1962. Fifa.com. Disponível em http://pt.fifa.com/worldcup/archive/edition=21/overview.html Acesso em: 18 mai. 2010.














1958




Nasce o Rei do Futebol no primeiro título do Brasil

Os dias longos e ensolarados do verão sueco formaram o cenário dourado do primeiro triunfo do Brasil na Copa do Mundo da FIFA em 1958, mesmo ano em que um jovem jogador de 17 anos chamado Pelé anunciou a sua presença aos admiradores do futebol espalhados pelo planeta.
Com uma nova organização tática e dois gênios no ataque, Pelé e Garrincha, o Brasil derrotou a Suécia por 5 a 2 na final disputada no Estádio Rasunda e se tornou o primeiro país a erguer a taça em outro continente. Mas os brasileiros não foram os únicos heróis do torneio. Artilheiro do Mundial com 13 gols em seis jogos, o atacante francês Just Fontaine estabeleceu um recorde que permanece até hoje, e ainda ajudou seu país a conquistar a terceira colocação. Nada mal para um jogador que só foi escalado devido à lesão do titular René Bliard.
Sob o comando do técnico Vicente Feola, a seleção brasileira não tinha deixado pedra sobre pedra durante a preparação para o desafio de finalmente chegar ao topo do mundo. Após três meses de treinamento intensivo, os brasileiros excursionaram pela Europa antes de chegarem à Suécia com uma grande delegação, da qual fazia parte até mesmo um psicólogo. Feola montou um inovador sistema 4-2-4, mas só escalou Pelé e Garrincha na última partida da fase de grupos, contra a União Soviética. Com Pelé fazendo companhia a Vavá no ataque e Garrincha atuando pelo flanco, o Brasil venceu os soviéticos por 2 a 0 e garantiu a primeira colocação.
A anfitriã Suécia chegou à final fortalecida pela decisão de permitir que jogadores profissionais atuassem pela seleção nacional. A medida possibilitou o retorno de atletas que jogavam na Itália, sobretudo de Gunnar Gren e Nils Liedholm, astros do grupo que havia conquistado o Torneio Olímpico de Futebol de 1948, e do jovem atacante Kurt Hamrin. No entanto, a preparação dos suecos não havia sido nada comparada à do Brasil. Bengt Gustavsson, por exemplo, outro jogador do contingente italiano — o mesmo que levaria um chapéu de Pelé na decisão —, juntou-se à seleção apenas três dias antes da partida de estreia.



COPA DO MUNDO DA FIFA SUÉCIA 1958. Fifa.com. Disponível em: http://pt.fifa.com/worldcup/archive/edition=15/overview.html Acesso em: 18 mai. 2010.
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