COPA DO MUNDO DE 1994
Segundo uma pesquisa realizada em 1994, apenas um em cada quatro americanos sabia que tipo de esporte se praticava na “tal Copa do Mundo” a ser disputada em seu próprio país, entre junho e julho daquele ano. Pior: outra pesquisa, do instituto Gallup, mostrava que 66% da população local nem sequer sabia que os Estados Unidos eram a sede da Copa. A despeito de informações (ou desinformações) como essas, a FIFA resolveu bancar a realização do evento em um país cujo esporte nacional é o beisebol, e que nem ao menos possuía uma liga profissional de futebol, ou de soccer, como se diz lá.
Por isso, a Copa do Mundo de 1994 foi exatamente o que dela se esperava: um sucesso internacional, apesar da indiferença interna. A cerimônia de abertura, por exemplo, foi ignorada pelas redes americanas de TV ABC e ESPN, que preferiram transmitir uma partida de golfe. Em compensação, só com a venda dos direitos de transmissão dos jogos para 189 países, a FIFA arrecadou 77 milhões de dólares. Além disso, os negócios gerados pelo Mundial movimentaram mais de 4 bilhões de dólares, sendo que apenas as empresas patrocinadoras do evento (Coca-Cola, Evereaday, General Motors, Gillette, Mastercard, McDonald’s, M&M/Mars, Canon, Fuji, JVC e Philips) desembolsaram, ao todo, 300 milhões de dólares.
UNZELTE, Cezar Dario. Capítulo 4. In: ______ XV Copa do Mundo. São Paulo: Ediouro, 2002.
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